BRASILIA – O ministro das Finanças Brasileiras, Fernando Haddad, disse na quinta -feira que um plano de contingência em resposta a tarifas mais altas dos EUA será apresentado ao Presidente Luiz Inacio Lula da Silva de segunda -feira e incluirá um menu de medidas, incluindo linhas de crédito.
Em uma entrevista à estação de rádio local Itatiaia, Haddad disse que até 10.000 empresas brasileiras podem ser afetadas pelo aumento das taxas nos bens brasileiros para 50%, de 10%, em vigor em 1º de agosto.
O ministro enfatizou que o Brasil permanece aberto ao diálogo, mas sugeriu que o presidente dos EUA, Donald Trump, não está disposto a se envolver em negociações. Ele disse que as forças políticas alinhadas com o ex -presidente brasileiro Jair Bolsonaro estão trabalhando para impedir que as negociações sejam iniciadas.
Um aliado de extrema direita de Trump, Bolsonaro é acusado de planejar um golpe para derrubar sua estreita perda de eleições de 2022 para Lula.
Trump denunciou o caso como uma “caça às bruxas” e instou o judiciário do Brasil a abandonar as acusações, inclusive em uma carta anunciando as tarifas mais acentuadas no Brasil.
O congressista Eduardo Bolsonaro, filho do ex -presidente, está morando nos EUA e fez postagens nas redes sociais sobre suas reuniões com os aliados de Trump.
Sem nomear o jovem Bolsonaro, Haddad disse que acredita que esses laços, juntamente com a oposição ao sistema de pagamento instantâneo do Brasil, foram fatores por trás da decisão dos EUA.
No início da quinta -feira, Lula disse em um evento público que o governo dos EUA tinha “medo” de Pix porque ameaça cartões de crédito. O sistema foi listado entre práticas comerciais desleais em uma recente investigação dos EUA.
Haddad disse que Pix mina aqueles que lucram com intermediação financeira e representa uma valiosa tecnologia brasileira caseira. Reuters