ATENAS – As receitas da principal indústria do turismo da Grécia não conseguiram acompanhar as chegadas, mesmo durante a crise anual do Verão que suscitou preocupações sobre o excesso de turismo, mostraram dados do Banco da Grécia em 21 de Outubro.

As chegadas de não residentes à Grécia entre janeiro e agosto aumentaram 9,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto as receitas aumentaram apenas 3,2%, informou o banco.

Só em Agosto, as receitas da indústria caíram 1,8% em comparação com o ano passado, apesar de o número de turistas ter crescido 6,6%, afirmou.

O porta-voz do governo, Pavlos Marinakis, minimizou a tendência, dizendo aos jornalistas no dia 21 de outubro que “os números globais de toda a temporada indicam que estamos a caminhar para outro ano recorde”.

Os números poderão se equilibrar até o final do ano, uma vez levado em conta setembro, de acordo com o site de notícias financeiras moneyreview.gr.

Alguns especialistas atribuíram as temperaturas recordes e as ondas de calor às estadias mais curtas, bem como aos turistas do norte da Europa – a maioria na Grécia – que tiram cada vez menos tempo de folga e cortam gastos.

Um recorde de 32,7 milhões de turistas estrangeiros visitaram o país mediterrâneo em 2023. O Banco Nacional da Grécia disse em junho que esperava que esse número atingisse 35 milhões em 2024.

Reconhecendo a pressão sobre alguns destinos populares, como Mykonos e Santorini, o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis no mês passado anunciou uma taxa de 20 euros (S$ 28,48) nos passageiros de cruzeiros que desembarcam nas ilhas.

Mas o primeiro-ministro insistiu que a Grécia “não tem um problema de excesso de turismo”.

O que o país enfrenta, disse ele num evento de turismo na semana passada, é uma “grande concentração de turistas em alguns destinos específicos durante alguns meses do ano”.

As instalações foram ampliadas em algumas ilhas do Egeu, disse Mitsotakis, e as autoridades congelaram temporariamente novas licenças de construção turística em Mykonos e Santorini. AFP

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