SAO PAULO – A indústria de frutos do mar do Brasil está soando o alarme para pressionar o governo federal para obter um alívio imediato, pois lida com os crescentes medos de perdas de empregos e falências como resultado das tarifas de 50% que os EUA impuseram à maioria das exportações brasileiras na quarta -feira.

As novas taxas tornaram o futuro altamente incerto para as empresas de pesca brasileira, que vendem quase US $ 400 milhões em frutos do mar para os EUA por ano, ou cerca de 70% das exportações anuais do setor.

“Essa situação torna nosso negócio inviável”, disse ARIMAR FRANCA FILHO, chefe de uma união pesqueira no nordeste do Brasil do Rio Grande do Norte. “Embora o mercado doméstico possa absorver parte de nossa produção, não pode levar tudo, e não podemos ter todos os nossos barcos pescando apenas para o Brasil.

“A indústria de peixes está pedindo uma linha de crédito de emergência de 900 milhões de reais (US $ 165 milhões) para navegar no novo clima econômico. Também está levando o governo a aprofundar as negociações destinadas a reabrir o mercado europeu, que está fechado para as exportações de peixes brasileiras desde 2017.

Mesmo quando os produtores lutaram para levar seus produtos para os EUA antes das tarifas que atingiram na quarta -feira, alguns barcos de pesca já haviam sido marginalizados para evitar o excesso de produção, disse o líder do sindicato.

Eduardo Lobo, presidente do grupo de lobby Abipesca, disse que o setor não tem outra alternativa de curto prazo.

“Sem crédito, é impossível manter inventários, honrar compromissos e preservar empregos”, alertou em comunicado, estimando que as tarifas poderiam afetar cerca de 20.000 empregos se as autoridades não responderem rapidamente.

“Pode haver desemprego gigante, não amanhã”, disse Attilio Sergio Leardini, sócio fundador da Leardini Pescados, um dos maiores fornecedores do Brasil, que exporta para vários países, incluindo os EUA “, mas talvez em seis meses, em um ano, alguns segmentos podem estar interrompendo a produção”.

Leardini está mais preocupado com produtos premium – como lagosta, atum e croaker peixes – que são muito procurados pelo mercado dos EUA, mas é improvável que encontre compradores suficientes no Brasil, particularmente aos preços que os consumidores americanos pagam.

Muitos pescadores estão desesperados, acreditando que não encontrarão os consumidores para pagar preços que apóiam um padrão de vida razoável para suas famílias.

“Mas, como sabemos, não está sob nosso controle”, disse França Filho, líder do sindicato.

Os pescadores, ele previam, verão preços reduzidos a partir desta semana, enquanto os consumidores brasileiros provavelmente encontrarão peixes mais baratos no corredor do supermercado dentro de um mês.

Isso foi uma notícia feliz para Michel de Oliveira França, proprietária de uma loja de peixes na cidade de Niteroi, no Rio de Janeiro.

“Quanto mais barato, melhor”, disse ele. “A tendência é vender cada vez mais.” Reuters

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