O chefe da agência nuclear da ONU, Rafael Grossi, disse em uma entrevista publicada na terça-feira que a situação continua séria em torno da usina nuclear russa de Kursk, mas sua agência não planejou nenhuma missão permanente no local.

Tropas ucranianas permanecem na região de Kursk, no sul da Rússia, depois de cruzarem a fronteira no mês passado, mas permanecem a cerca de 40 km (25 milhas) da instalação.

“(A situação) é séria porque ocorreu uma incursão militar e essa incursão atingiu um estágio em que não está tão distante de uma usina nuclear”, disse Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, à agência de notícias russa RIA.

Grossi visitou a usina de Kursk, composta por quatro reatores, no mês passado e disse que ela ficaria “extremamente exposta” se fosse atacada, já que a instalação não tinha domo de contenção.

Em seus comentários à RIA, feitos em Nova York antes dos debates na Assembleia Geral da ONU, ele disse que esperava que circunstâncias favoráveis ​​significassem que ele não teria que visitar a fábrica novamente.

“Espero que não haja necessidade de retornar à estação de Kursk, pois isso significaria que a situação se estabilizou”, disse ele.

A AIEA, disse ele, não tinha planos de posicionar observadores permanentemente na estação — como fez nas quatro usinas da Ucrânia, incluindo a estação Zaporizhzhia, tomada pelas forças russas nos primeiros dias da invasão da Ucrânia por Moscou em fevereiro de 2022.

Grossi disse que a situação continua tensa em Zaporizhzhia, onde cada lado acusa regularmente o outro de planejar atacar a estação.

“Meus especialistas continuam relatando ações militares perto da estação”, disse ele à RIA.

Grossi visitou a estação Zaporizhzhia cinco vezes desde a invasão e pediu a ambos os lados que mostrassem contenção para se protegerem contra qualquer acidente nuclear. REUTERS

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