A cidade de Goma, no leste do Congo, realizou uma cerimônia memorial na segunda-feira para 200 vítimas do conflito entre o exército e os rebeldes que estão travando uma nova insurgência no leste do vasto país centro-africano, assolado por milícias.

O tempo e as circunstâncias dos assassinatos não estavam claros. Autoridades disseram que todos eram vítimas diretas ou indiretas dos combates, variando de civis desarmados a forças de defesa voluntárias.

O memorial contou com a presença de autoridades governamentais que viajaram de Kinshasa, juntamente com autoridades locais e familiares.

“O governo deve encontrar uma solução para que possamos viver em paz. Já ​​sofremos o suficiente. Estamos cansados ​​de enterrar”, disse Safi Bahuma, um parente presente em memória de um irmão.

Os rebeldes do M23 vêm travando uma nova insurgência no leste do vasto país da África Central, assolado por milícias, desde 2022.

Autoridades do Congo, as Nações Unidas, os Estados Unidos e outros governos ocidentais acusaram Ruanda de apoiar o grupo. Ruanda nega as acusações, que inflamaram as relações com Kinshasa.

Os conflitos expulsaram mais de 1,7 milhão de pessoas de suas casas em Kivu do Norte, elevando o número total de congoleses deslocados por múltiplos conflitos para um recorde de 7,2 milhões, de acordo com estimativas da ONU.

“Nós nos perguntamos essas questões todos os dias: O que é tão caro de se obter que custa o sangue do povo congolês? Que mineral é tão valioso que deve custar o sangue dos congoleses?” disse Chantal Chambu Mwavita, a ministra de assuntos humanitários em Kivu do Norte. “Todos os dias, a cada momento, estamos buscando a solução, e posso garantir que estamos trabalhando nisso.”

O Congo também é o epicentro de um surto de mpox que a Organização Mundial da Saúde declarou ser uma emergência global de saúde pública no mês passado. As vacinas devem chegar em poucos dias para combater a nova cepa do vírus. REUTERS

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