OSLO (Reuters) – A Dinamarca concordou nesta sexta-feira em discutir a região do Ártico com Washington, disse o ministro das Relações Exteriores, Lars Lokke Rasmussen, após seu primeiro telefonema com o secretário de Estado da administração do presidente Donald Trump, que quer o controle da Groenlândia.
Rasmussen e o secretário de Estado, Marco Rubio, mantiveram uma conversa de 20 minutos num “tom bom e construtivo”, discutindo a Ucrânia, a segurança europeia e a situação no Médio Oriente, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros dinamarquês num comunicado.
Trump manifestou interesse em tornar a Gronelândia, um território autónomo da Dinamarca, parte dos Estados Unidos. Ele não descartou a possibilidade de usar o poder militar ou económico para persuadir a Dinamarca a entregá-lo.
A localização estratégica da Gronelândia ao longo da rota mais curta da Europa para a América do Norte, vital para o sistema de alerta de mísseis balísticos dos EUA, tornou-a uma prioridade para Trump.
“A segurança do Ártico não estava na agenda, mas foi acordado que será discutida entre os Estados Unidos, a Dinamarca e a Gronelândia numa data posterior, disse o ministério dinamarquês.
O primeiro-ministro da Gronelândia, Mute Egede, que intensificou o esforço pela independência, afirmou repetidamente que a ilha não está à venda e que cabe ao seu povo decidir o seu futuro.
Embora Trump também tenha divulgado a possibilidade de assumir o controlo da Gronelândia em 2019, a sua recusa em excluir o uso do poder militar ou económico apanhou muitos dinamarqueses de surpresa.
A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, disse em 15 de janeiro que havia falado ao telefone com Trump e disse-lhe que cabe à própria Groenlândia decidir sobre qualquer independência. REUTERS
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