WASHINGTON – O governo Biden está impondo novos controles de exportação de tecnologias críticas, incluindo computação quântica e produtos semicondutores, alinhando os Estados Unidos com aliados que trabalham para impedir avanços na China e outras nações adversárias.
As regras têm como alvo computadores e componentes quânticos, ferramentas avançadas de fabricação de chips, uma tecnologia de semicondutores de ponta chamada gate all-around e vários componentes e softwares relacionados a metais e ligas metálicas.
Elas cobrem todas as exportações mundiais, mas incluem isenções para países que implementam medidas semelhantes. Esse grupo inclui Japão e Holanda, entre outros aliados, e os EUA antecipam que mais nações seguirão, disse o Departamento de Comércio em um comunicado à imprensa.
Washington vem reprimindo há anos a capacidade da China e de outros adversários de acessar tecnologias de ponta necessárias para inteligência artificial, por temer que chips e componentes avançados possam dar a Pequim uma vantagem militar.
O esforço dos EUA incluiu medidas unilaterais que Washington tentou coordenar com alguns aliados importantes — como controles abrangentes de exportação de semicondutores impostos pela primeira vez em 2022 — bem como restrições negociadas por meio de uma estrutura internacional mais ampla, como aquelas emitidas em 5 de setembro.
A ação de 5 de setembro abre um período de comentários públicos de 60 dias antes que as autoridades emitam uma regra final.
Os EUA têm trabalhado separadamente em um novo pacote massivo de controles de exportação relacionados a chips que teriam como alvo o acesso da China aos chamados chips de memória de alta largura de banda, um componente essencial de IA, bem como uma gama de ferramentas de fabricação de semicondutores, informou a Bloomberg. Esse esforço inclui medidas com foco global – mas com isenções para aliados importantes, incluindo Japão e Holanda, lar de duas das empresas mais importantes na cadeia de suprimentos de chips.
Washington está pressionando Tóquio e Haia para adotar regras semelhantes, mas tem enfrentado resistência de ambos os governos, que estão relutantes em prejudicar suas principais empresas – e, no caso do Japão, temem retaliações da China.
Tanto o Japão quanto a Holanda já impuseram algumas restrições alinhadas às regras originais dos EUA em 2022, mas com diferenças importantes que frustraram as empresas americanas. Washington está trabalhando para fechar essas lacunas — com algum progresso recente na Holanda — e buscar uma estratégia multilateral sobre as últimas medidas potenciais. BLOOMBERG