ROMA – Giorgio Armani, fundador da marca de moda italiana homônima, disse em entrevista publicada em 13 de outubro que planeja se aposentar nos próximos dois ou três anos.

Até agora, o homem de 90 anos tem sido discreto sobre os planos de sucessão para a empresa que fundou em 1975 e que ainda controla firmemente.

“Ainda posso me dar dois ou três anos como chefe da empresa. Não mais, seria negativo”, disse Armani ao jornal italiano Corriere della Sera.

O estilista disse que tem noites agitadas nas quais sonha com um futuro em que “não preciso mais ser aquele que diz ‘sim’ ou ‘não’”.

Ele acrescentou que tem recebido abordagens “um pouco mais insistentes” de potenciais investidores externos em sua empresa, “mas, no momento, não vejo nenhuma abertura”.

Sem filhos a quem transmitir, tem havido especulação sobre o futuro a longo prazo do império de Armani e se, numa indústria dominada por conglomerados de luxo como LVMH e Kering, será capaz de manter a independência que tanto valoriza.

Na entrevista ao Corriere della Sera, Armani disse ter “construído uma espécie de estrutura, um projeto, um protocolo” para reger sua sucessão, sem dar mais detalhes.

Em 2023, a Reuters informou sobre um documento em poder de um notário em Milão que estabelece os futuros princípios que regem aqueles que herdarão o grupo, e sobre outro que detalha questões, incluindo a proteção de empregos na empresa.

Espera-se que os herdeiros de Armani incluam sua irmã, três outros membros da família que trabalham na empresa, o colaborador e sócio de longa data Pantaleo Dell’Orco e uma fundação de caridade. REUTERS

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