CARACAS (Reuters) – Um jornalista veterano na Venezuela não foi ouvido desde sexta-feira, disseram defensores da imprensa venezuelana neste domingo, alegando que ele foi detido por autoridades governamentais na capital do país.

O governo não respondeu de imediato aos pedidos da Reuters sobre o caso de Nelin Escalante, jornalista independente, que recentemente publicou vídeos nas suas redes sociais onde falava sobre o preço do dólar no país.

O Colégio Nacional de Jornalistas (CNP) da Venezuela disse em uma postagem nas redes sociais que Escalante estava desaparecido há 48 horas e exigiu sua imediata libertação.

O grupo disse que ele foi “levado” na tarde de sexta-feira por agentes pertencentes a um serviço de inteligência conhecido como Direção-Geral de Contra-espionagem Militar, ou DGCIM.

“Exigimos saber o paradeiro (de Escalante) e a sua libertação”, afirmou o CNP.

O sindicato dos trabalhadores da imprensa da Venezuela (SNTP) disse que Escalante teve contacto pela última vez com os seus familiares na sexta-feira e que os seus colegas denunciaram a sua detenção, embora não tenha especificado o dia.

As Nações Unidas acusaram a DGCIM de detenções arbitrárias e tortura.

O sindicato documentou pelo menos oito casos de jornalistas detidos após as eleições presidenciais de 28 de julho. REUTERS

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