JERUSALÉM – Israel apresentou na sexta-feira contestações formais ao Tribunal Penal Internacional sobre sua jurisdição e a legalidade dos pedidos de mandados de prisão contra líderes israelenses pela conduta na guerra de Gaza, disse o Ministério das Relações Exteriores.

Os registros de Israel podem atrasar ainda mais a decisão sobre os mandados, solicitados em maio contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa Yoav Gallant.

No mês passado, o promotor do TPI, Karim Khan, pediu aos juízes que decidissem sobre os mandados, também solicitados contra o líder do Hamas, Yahya Sinwar, e outros membros do grupo militante palestino.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que seu primeiro memorando jurídico delineou a “manifestada falta de jurisdição” do TPI no caso.

O segundo documento, segundo ele, argumenta que o promotor do TPI violou as regras do tribunal ao “não fornecer a Israel a oportunidade de exercer seu direito de investigar por si mesmo as alegações levantadas pelo promotor, antes de prosseguir”.

Não foi possível contatar o gabinete do promotor imediatamente para comentar.

Em agosto, Khan disse que o tribunal tem jurisdição sobre quaisquer crimes de guerra em territórios palestinos ocupados e que as regras que dizem que o TPI não pode intervir se um país estiver fazendo sua própria investigação genuína não se aplicam aos mandados solicitados para Netanyahu e Gallant.

O ataque do Hamas em 7 de outubro a Israel matou cerca de 1.200 pessoas, com cerca de 250 reféns, de acordo com contagens israelenses. Mais de 40.000 palestinos foram mortos desde então em um ataque israelense ao Hamas em Gaza, o que causou uma crise humanitária.

Líderes israelenses e palestinos rejeitaram alegações de crimes de guerra, e representantes de ambos os lados criticaram a decisão de Khan de buscar mandados por supostos crimes de guerra e crimes contra a humanidade. REUTERS

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