BOGOTA – O presidente de esquerda da Colômbia, Gustavo Petro, assinou na quarta -feira um decreto para realizar um referendo sobre reformas trabalhistas, uma tentativa de forçar o Senado a votar em uma proposta sobre o assunto antes de sua sessão terminar ainda este mês.
A proposta do referendo procura limitar o dia útil, aumentar a sobretaxa para o domingo e o trabalho de férias de 75% para 100% e exigir pagamentos de previdência social para os motoristas de aplicativos de entrega.
O Senado está atualmente debatendo uma reforma trabalhista modificada, depois de maio rejeitar uma versão de 12 perguntas do referendo em um aperto de 49 a 47 votos, que Petro mais tarde alegou ser fraudulento.
A sessão atual do Legislativo termina em 20 de junho.
Petro e seu ministro do Interior, Armando Benedetti, disseram que, se a reforma aprovada, o referendo seria cancelado.
Se o referendo fosse realizado, cada medida precisaria ser aprovada pela maioria de pelo menos 13,5 milhões de eleitores, um terço do rolo eleitoral da Colômbia, para ser válido.
Os partidos da oposição disseram que o decreto de Petro é equivalente a um golpe, viola a constituição do país e destrói a separação dos poderes dos três ramos do governo da Colômbia.
Os analistas alertaram, enquanto isso, que o decreto poderia enfrentar desafios legais, inclusive no Tribunal Constitucional.
A maioria das reformas sociais e econômicas prometidas por Petro – que foi eleita em 2022 por promessas para os séculos de desigualdade no país andino – foram rejeitados pelos legisladores.
A Colômbia realizará eleições legislativas e presidenciais na primeira metade de 2026. Reuters
Juntar Canal de telegrama da ST E receba as últimas notícias de última hora.