TÓQUIO – A proprietária japonesa da 7-Eleven disse em 6 de setembro que rejeitou uma oferta de aquisição de US$ 38,7 bilhões (S$ 50,3 bilhões) da gigante varejista Alimentation Couche-Tard, dizendo que a proposta “subvaloriza enormemente” a empresa.

Como a maior rede de lojas de conveniência do mundo, a 7-Eleven opera mais de 85.000 pontos de venda globalmente.

Uma carta do conselho da Seven & i Holdings para sua rival canadense disse que estava aberta a “envolver-se em discussões sinceras caso você apresentasse uma proposta que reconhecesse totalmente nosso valor intrínseco autônomo”.

“Não acreditamos, por várias razões críticas, que a proposta que você apresentou forneça uma base para nos envolvermos em discussões substantivas sobre uma potencial transação”, disse.

A compra da Seven & i Holdings seria a maior aquisição estrangeira de uma empresa japonesa.

Essa fusão criaria uma gigante loja de conveniência internacional combinando 7-Eleven, Couche Tard, Circle K e outras marcas na Ásia, América do Norte e Europa.

A Seven & i tem um valor de mercado de cerca de 5,6 trilhões de ienes (S$ 50,9 bilhões). As lojas 7-Eleven são uma instituição querida no Japão, vendendo de tudo, desde refeições prontas até guarda-chuvas.

A carta do conselho dizia que a oferta da Alimentation Couche-Tard (ACT) era de US$ 14,86 por ação em dinheiro.

A ACT opera mais de 16.700 lojas em 31 países e territórios.

A carta chamou a proposta de “oportunamente cronometrada” e disse que ela “subestima grosseiramente nosso caminho autônomo e as vias acionáveis ​​adicionais que vemos para realizar e desbloquear o valor do acionista no curto e médio prazo”.

Também levantou preocupações regulatórias.

“Sua proposta não reconhece adequadamente os múltiplos e significativos desafios que tal transação enfrentaria das agências de aplicação da lei de concorrência dos EUA no atual ambiente regulatório”, dizia a carta.

A Seven & i Holdings é a maior varejista do Japão.

Além de operar a 7-Eleven, a maior rede de lojas de conveniência do país, seus negócios incluem a operadora de supermercados Ito-Yokado, a rede de restaurantes Denny’s e a Tower Records, uma loja de discos outrora popular nos Estados Unidos que faliu.

A Seven & i teria pedido ao governo japonês para designar partes da empresa como “principais”, o que tornaria uma aquisição mais difícil.

As marcas com a classificação “core” no Japão variam de fabricantes nas indústrias nuclear, espacial, de terras raras e de chips a operadores de segurança cibernética e provedores de serviços de infraestrutura essenciais. AFP

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