O presidente russo, Vladimir Putin, disse que pretendia discutir um contrato de fornecimento de gás com a Sérvia que expira em março de 2025 com o vice-primeiro-ministro sérvio, Aleksandar Vulin.
Putin se encontrou com Vulin no Fórum Econômico Oriental, no porto de Vladivostok, no extremo leste da Rússia.
A Sérvia, que foi bombardeada pela OTAN durante a guerra de 1999 no Kosovo, tem laços historicamente estreitos com a Rússia, mas também aspira ingressar na UE.
Desde a invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia em 2022, o presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, tem caminhado na corda bamba, condenando a ação militar russa, mas se recusando a aderir às sanções europeias contra Moscou.
A Sérvia depende em grande parte do fornecimento de gás da Rússia e seu monopólio de petróleo no NIS é de propriedade majoritária da russa Gazpromneft, embora ela esteja buscando diversificar seu fornecimento de energia.
Em um comunicado, o gabinete de Vulin não mencionou as negociações sobre o fornecimento de gás, mas disse que Vulin havia tranquilizado Putin sobre o relacionamento da Sérvia com a Rússia.
“A Sérvia, liderada por Aleksandar Vucic… nunca se tornará membro da OTAN, nunca imporá sanções à Federação Russa e nunca permitirá que ações antirrussas sejam realizadas em seu território”, afirmou.
Vulin, o ex-chefe da agência de segurança estatal BIA da Sérvia, está sob sanções dos Estados Unidos por ajudar Moscou em suas atividades “malignas” e por ter ligações com um traficante de armas e uma rede de tráfico de drogas. Ele renunciou à BIA quando as sanções foram impostas e negou irregularidades.
Sua visita à Rússia acontece apenas alguns dias depois de Belgrado e a francesa Dassault Aviation terem concordado sobre a compra de 12 novos caças Rafale por 2,7 bilhões de euros (US$ 2,98 bilhões), um movimento visto como uma grande mudança em relação à Rússia, o principal fornecedor de armas da Sérvia. REUTERS