BRUXELAS – A União Europeia precisa ser mais dura com países que permitem que tecnologia ocidental transite para a Rússia para uso em sua guerra contra a Ucrânia, disse a principal autoridade de sanções de Kiev em 24 de setembro.
A UE impôs 14 rodadas de sanções sem precedentes contra Moscou desde que lançou uma invasão total ao seu vizinho pró-Ocidente em fevereiro de 2022.
Mas o bloco de 27 países tem lutado para deter o fluxo de produtos proibidos — como microchips — que acabaram sendo usados em mísseis e drones usados para devastar a Ucrânia.
Kiev expôs parte dessa tecnologia em 24 de setembro, em uma exposição em Bruxelas de componentes de fabricação estrangeira recuperados de armamento russo encontrado no campo de batalha.
Autoridades ucranianas e da UE têm tentado aumentar a pressão sobre países como Turquia, Emirados Árabes Unidos e antigos estados soviéticos na Ásia Central para interromper o reenvio de produtos sensíveis.
A UE já impôs proibições de fazer negócios com dezenas de empresas de vários países devido a evidências de que elas estão canalizando mercadorias para os militares russos.
Mas o bloco não chegou a usar poderes para proibir vendas de produtos sensíveis a países inteiros e visar bancos usados para financiar o comércio, confiando mais na pressão diplomática.
“A UE, assim como alguns outros parceiros, tem feito bastante diplomacia nessas áreas”, disse o Sr. Vladyslav Vlasiuk, conselheiro de sanções do presidente da Ucrânia.
“Isso tem sido bem útil. Mas também temo que às vezes a diplomacia provavelmente não seja o suficiente, então algumas medidas mais duras também devem ser introduzidas.”