BRUXELAS (Reuters) – Os enviados da União Europeia discutirão um 15º pacote de sanções na quarta-feira em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, inclusive contra navios-tanque que transportam petróleo russo e empresas chinesas envolvidas na fabricação de drones para Moscou, disseram diplomatas da UE.
Um total de 29 entidades e 54 indivíduos estão na fila para serem adicionados às mais de 2.200 na lista de sanções existente, que proíbe viagens e congela os seus bens dentro do bloco de 27 membros, disseram os diplomatas. Eles não previram dissidências significativas.
Um pacote mais significativo será proposto em Janeiro, quando a Polónia assumir a presidência rotativa da UE no lugar da Hungria, cujo líder amigo da Rússia adiou ou bloqueou frequentemente medidas que ajudam a Ucrânia.
Em Setembro, a Reuters descobriu que a Rússia tinha estabelecido um programa de armas na China para desenvolver e produzir drones de ataque de longo alcance.
A proposta de adicionar 48 petroleiros à lista faz parte dos esforços dos aliados ocidentais para limitar as receitas do petróleo russo, reforçando o limite máximo do preço do petróleo russo nas nações do Grupo dos Sete (G7).
Sempre se esperou que a eficácia do limite, imposto no final de 2022, diminuísse com o tempo, disseram autoridades ocidentais.
Conforme relatado anteriormente pela Reuters, espera-se que o 16º pacote reforce as restrições aos fluxos de gás natural liquefeito (GNL) russo e expanda o uso da cláusula “Não à Rússia”, que obrigaria as subsidiárias de empresas da UE em países terceiros a proibir a reexportação de certas mercadorias para a Rússia.
A UE também quer pressionar as instituições financeiras que ajudam a Rússia a contornar as restrições ocidentais, em linha com uma medida tomada por Washington no início deste ano. REUTERS