Descubra a presbifagia, que afeta cerca de 40% dos idosos saudáveis, e a disfagia, que é um grande risco para os idosos, mas não percebemos que a boca, a língua e a garganta mudam com o tempo – e a nossa deglutição também envelhece! Você tem mais de 60 anos e está com a garganta limpa que não está relacionada a uma doença semelhante à gripe? Você notou que os engasgos se tornaram mais frequentes? Talvez seja hora de um check-up fonoaudiológico, afirma Carolina Silverio, doutora em ciências pela UNIFESP e atual vice-ordenadora do setor de disfagia da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. Carolina Silverio, doutora em Ciências pela UNIFESP e atual Vice-Coordenadora da Seção de Disfagia da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. Intervenções simples, como uma boa hidratação e exercícios de fortalecimento muscular, podem corrigir esse desconforto. Na verdade, deveriam constar na caderneta do SUS para atingir o maior número de pessoas possível”, afirmou a fonoaudióloga. Menos saliva, perda de olfato e paladar, perda de dentes e força muscular. Muitas vezes, as pessoas não percebem que a soma desses fatores afeta a qualidade da deglutição. Um que não deve ser subestimado são os engasgos recorrentes, explica Silvério, que foi um dos 32º palestrantes. Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia, realizado entre 28 e 30 de novembro em São Paulo: “Todo mundo fica sufocado, mas a repetição preocupa. Dificuldade em engolir não é normal. Os idosos geralmente não reclamam, mas as pessoas ao seu redor podem observar sintomas antes de um episódio agudo. Além do pigarro constante, a comida demora muito e a pessoa passa a evitar alimentos que antes comia, mas agora exige mais esforço. Uma queixa importante é quando é relatado que o alimento ‘fica preso’ na garganta, o que demonstra fraqueza muscular”. Quando os problemas de deglutição pioram, o quadro está associado à disfagia, dois quadros preocupantes: a desnutrição e a pneumonia. na disfagia, sublinha que, quando há risco de má alimentação e nutrição, é necessário um fonoaudiólogo. Infelizmente, considera, menos de 10% dos adultos com disfagia. Pessoas com acidente vascular cerebral (AVC), doença de Parkinson e demência enfrentam problemas que não são apenas decorrentes do envelhecimento, como rigidez e comprometimento do controle neurológico. Beber água pode se tornar uma missão impossível para até 50% dos pacientes com AVC e cerca de. 80% das pessoas com doença de Parkinson apresentam esta condição com a ajuda da tecnologia – eletroestimulação, terapia a laser, Essa capacidade pode ser parcial ou totalmente restaurada combinando dieta e exercícios com estimulação magnética transcraniana (neuromodulação). O objetivo é evitar o risco de entrada de alimentos e saliva nos pulmões, resultando em pneumonia por aspiração. “O desejo constante por comida pode causar insensibilidade. O paciente não sufoca tanto, mas pode broncoaspirar com frequência e ficar mais suscetível à pneumonia. O perigo aumenta porque a boca contém mais bactérias e a higiene oral dos idosos não é tão eficaz”.