O presidente do PT garantiu que permanecerá no cargo até junho de 2025, quando termina o seu mandato. O nome de Glassey está sendo discutido nos bastidores para assumir o ministério a partir do próximo ano. O vice-presidente Geraldo Alquimin, ao lado de Glacey Hoffmann, anunciou o novo nome do governo de transição nesta quarta-feira (16) no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília (DF). Fátima Meira/Futura Press/Estado Conteúdo Em meio a especulações sobre a sucessão no PT, a presidente nacional do partido, deputada federal Glacey Hoffmann (PR), disse que permanecerá no comando do partido até junho de 2025, quando termina seu mandato. Glessi negou ter recebido qualquer pedido ou sondagem de Lula para deixar a presidência do partido antes do prazo. “Ele nunca me contou. Recebi do presidente a missão de comandar o partido e vou cumprir meu mandato no PT até o fim”, disse ao G1 nesta quarta-feira (23). Gleisi está à frente do partido desde 2017. Ele é o mais antigo. -presidente em exercício na história atribuiu a informação de que anteciparia a saída do comando do PT no início do ano que vem. Referindo-se ao PED (processo eleitoral direto) do partido, onde os deputados votam para escolher os membros do diretório nacional, incluindo o presidente . Glacey Hoffmann na frente ampla: ‘Calma, ainda tem muitos ministérios para indicar’ Ministros do governo e aliados de Lula apostam que o presidente será 2025. No início do ano vai reformar um gabinete, reorganizando seu gabinete para o segunda metade do governo, de olho na formação de uma plataforma para 2026. Gleisi foi nomeada, nos bastidores, para assumir uma pasta semelhante à da Secretaria-Geral da Presidência. A saída antecipada estará relacionada a esse processo. “O presidente Lula nunca falou comigo sobre isso, não tenho vontade de ser ministro”. Caso Gleisi antecipe o término do mandato, qualquer integrante do Diretório Nacional poderá ocupar a vaga conforme definido no Regimento do PT. Geralmente esta eleição acontece por consenso. Implicações para as eleições municipais O resultado negativo do PT no primeiro turno acelerou o debate sobre a sucessão de Gleisi e intensificou antigas disputas intrapartidárias entre o PT de São Paulo e o PT do Nordeste. Os dois nomes que surgiram hoje como possíveis substitutos de Gleisi são o do prefeito de Aracuara (SP), Edinho Silva, e o do deputado federal José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara dos Deputados. Dos dois, apenas Guimarães integra o Diretório Nacional. Os aliados de Lula no PT de São Paulo afirmam que Edinho é o favorito do presidente para assumir o comando do PT, apesar da derrota em sua cidade natal. Edinho não conseguiu escolher seu sucessor em Aracuara. Edinho Silva, Prefeito de Aracuara Amanda Rocha/Arquivo Pessoal Defensores do nome de Edinho para presidente dizem que a derrota não abala seu partidarismo. Os assessores do prefeito afirmam que ele tem perfil conciliador e terá capacidade de “desabafar” o PT, estabelecendo vínculos com setores mais conservadores da política e da sociedade. As ‘disputas internas’ que exigem que o próximo presidente seja alguém do Nordeste argumentam que a região é a que mais sonda o partido há algum tempo. Outra reclamação é que o PT de São Paulo já tem muito poder no Congresso e no governo Lula, o que contrasta com o fraco desempenho eleitoral do partido no estado. Gleisi disse que sua intenção, nesta reta final de mandato, é evitar que disputas internas enfraqueçam o partido. “Ambos têm legitimidade para disputar a presidência, seja pelos resultados do partido no Nordeste, seja pela experiência do PT em São Paulo. Temos que construir unidade nesse processo”. A executiva nacional do PT analisará os resultados eleitorais na próxima segunda-feira. Em dezembro, o partido realizará um seminário de três dias em Brasília para debater o futuro e organizar eleições para novas lideranças.