A substância funciona e é segura, mas existem diversas falhas entre o uso e o sucesso almejado: uma indústria que superestima o produto em diferentes versões, erros nas instruções de uso e mitos sobre os problemas causados ​​pelo suplemento. Creatina: os reais efeitos do suplemento no desempenho e na saúde Alexander Sachs/Unsplash Antes, durante ou após o exercício, a creatina é considerada um suplemento seguro e eficaz. Porém, entre o uso da substância e o alcance do sucesso desejado, existem diversos erros que podem prejudicar os efeitos benéficos ao organismo. Antes de falar dos erros mais comuns em relação à creatina, precisamos lembrar que: 🥄 A creatina é um composto que é produzido no corpo a partir de três aminoácidos: lisina, metionina e arginina. A substância produzida pelo fígado, pâncreas e rins é armazenada nos músculos e utilizada como fonte de energia para as células. 🥩 Além de ser produzida pelo próprio corpo, a creatina também é encontrada no leite, na carne vermelha e em alguns tipos de peixes. 💪 O principal objetivo do uso da creatina como suplemento é aumentar a força e resistência muscular, além de promover a recuperação. O uso da substância é bastante popular entre quem pratica exercícios físicos e deseja melhorar o desempenho com a ajuda de determinados suplementos. Mas muitas vezes há armadilhas no uso da creatina como: não usar o composto diariamente tomar a dose errada pode ser usado para tratar algumas doenças Neste artigo você pode aprender mais sobre como o consumo errado de creatina pode anular seus efeitos positivos e como evitá-lo lendo mitos sobre o suplemento pode entender. Os suplementos de proteína são prejudiciais à saúde? Para uso diário e em determinadas modalidades esportivas, a creatina é um suplemento cumulativo, ou seja, não tem efeito imediato, sua ação depende do acúmulo gradual da substância no organismo. Por esse motivo, o uso da substância deve ser diário – e não apenas nos dias de exercícios. “Se não for usado diariamente, nosso corpo consegue degradar essa substância, o que faz com que o efeito desejado não seja alcançado”, afirma Roberto Zaguri, diretor do Departamento de Endocrinologia do Esporte e Exercício da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo (SBEM). . Jaguri afirma que, em dias de treino, o melhor momento para consumir a creatina é no pós-treino, pois é nesse momento que a capacidade da substância aumenta. Mas usá-lo antes ou durante o exercício também funciona. Michele Trindade, nutricionista e vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva (ABNE), também ressalta que não importa o horário de consumo da creatina, desde que seguido o consumo diário. Outro ponto que os especialistas destacam é que nem todos os esportes exigem o uso de creatina. ✅ O suplemento é recomendado para quem pratica: Musculação Crossfit Esportes de combate (jiu-jitsu, judô, boxe, entre outros) Esportes “stop and go” (geralmente, esportes coletivos, que possuem golpes explosivos e pausas curtas) 🚫 Para quem corre , Praticar natação e ciclismo – os chamados esportes de resistência, que exigem resistência aeróbica de longo prazo – não deve usar creatina. “O suplemento é mais indicado para pessoas que estão realizando um programa de treinamento ou que praticam esportes que envolvam alta intensidade e curta duração”, recomenda Trindade. A nutricionista ressalta ainda que “a creatina sozinha não faz milagre”. Portanto, se a pessoa não tiver uma alimentação balanceada, o desempenho atlético desejado não será alcançado apenas com a suplementação. Doping: um suplemento alimentar é seguro? Dose errada do atleta olímpico e tipo menos adequado Especialistas também chamam a atenção para outro aspecto fundamental no consumo de suplementos: dosagem e tipo de creatina. Existem cerca de 17 tipos diferentes de creatina no mercado, mas a mais estudada e recomendada é a creatina monohidratada. É considerada a forma química mais eficiente e financeiramente acessível. ⚠️Apesar disso, algumas marcas aproveitam a credibilidade e popularidade da substância para vender outras formas de creatina a preços mais elevados, alegando maior eficácia. “O marketing em torno de outros tipos de creatinas às vezes é muito forte, mas é preciso ter cuidado com armadilhas que tentam enganar o consumidor. A creatina realmente recomendada é o monohidrato”, alerta Zaguri. Além de ficar atento ao tipo de substância, também é importante tomar cuidado com a dosagem para conseguir o efeito desejado. A endocrinologista explicou que tomar mais do que a dose recomendada não causaria grandes problemas, mas doses menores não trariam os benefícios desejados no longo prazo. 🚨Ainda em relação à dosagem, os especialistas não incentivam a ingestão de creatina pura – prática que se popularizou na internet entre os usuários de suplementos. “Tomar creatina sem diluir em água não aumenta em nada a ação da substância no organismo e pode até causar problemas de broncoaspiração, a pessoa pode sufocar com a dose”, critica Michel Trindade. Mitos sobre a creatina Outro erro muito comum associado à creatina é acreditar em mitos sobre a substância – tanto sobre seus efeitos adversos quanto sobre seus benefícios além da suplementação. ➡️Um dos principais mitos é a afirmação de que o composto pode sobrecarregar os rins. “A creatina é segura do ponto de vista renal. Ela já foi bastante estudada em termos de segurança e pesquisas mostram que, em pessoas saudáveis, a substância não faz mal aos rins”, garante Jaguri. Os endocrinologistas consideram que isso não significa que deva ser prescrito para pessoas com problemas renais, como insuficiência renal, por exemplo, porque não existem estudos nesta população específica que comprovem a sua segurança. ➡️A falta de pesquisas leva a um segundo mito sobre a creatina: acreditar que ela pode ajudar no tratamento de doenças. Roberto Zaguri explica: “Hoje ninguém pode usar creatina para tratar Alzheimer, Parkinson ou perda de memória relacionada à idade. Os estudos são preliminares e ainda não conclusivos”. A análise do benefício da creatina na melhoria da função cognitiva também é limitada. ✔️Apesar dessas restrições, a substância é eficaz em idosos que apresentam perda de massa muscular ou doenças genéticas que também causam esse processo. Ambos indicam que o uso da creatina, assim como outros suplementos, só deve ser feito mediante prescrição médica e acompanhamento médico, seja de endocrinologista ou nutricionista. Confira as substâncias que podem fazer com que um atleta seja expulso das Olimpíadas

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