Segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, foram registrados 25 feminicídios na Paraíba em 2024. Em 2024 quase duas mulheres foram vítimas de feminicídio todos os meses na Paraíba Editoria de Arte/G1 Em 2024, 25 mulheres foram mortas na Paraíba simplesmente por serem mulheres. Segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, cerca de duas mulheres são vítimas de feminicídio todos os meses no estado. O G1 é monitorado mês a mês com base em informações da Secretaria de Segurança e Proteção Social (Seds) solicitadas por meio da Lei de Acesso à Informação. Porém, até este domingo (26), a informação não foi divulgada pela pasta. Os números são, no entanto, auto-reportados pelos estados por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública As mulheres na Paraíba são cada vez mais ameaçadas, abusadas, estupradas e mortas. Em dez anos, foram registrados 289 feminicídios. De 2015 – ano em que foi aprovada a lei que incluiu o feminicídio como crime hediondo – até 2025, os anos mais violentos foram 2019 e 2020, com 36 e 35 feminicídios por ano, respectivamente. Ao mesmo tempo, o número foi inferior ao de 2024 apenas duas vezes: em 2015, quando foram registrados 18 casos, e 2016, que teve um total de 24 feminicídios. Em março de 2015, foi aprovada a Lei nº 13.104 que inclui o feminicídio no rol dos crimes hediondos. Em 2024, a nova lei, Lei 14.994, tornou o feminicídio um crime independente e estabeleceu outras medidas para prevenir e controlar a violência contra a mulher. De acordo com a lei, o assassinato de uma mulher por causa da dignidade do sexo feminino é denominado feminicídio. Considera-se que o estatuto sexual da mulher está em causa quando o crime envolve violência doméstica e familiar e/ou desprezo ou discriminação contra a dignidade da mulher. As penas para os condenados por feminicídio podem chegar a até 40 anos de prisão, valor superior ao do homicídio capital (12 a 30 anos de prisão). Embora o número do ano passado ainda tenha sido elevado, em relação a 2023, o número de casos diminuiu 26,47%, quando foram registrados 34 feminicídios no estado. Quando avaliadas mês a mês, as épocas do ano mais violentas para as mulheres foram fevereiro e setembro, com 4 e 5 feminicídios, respectivamente. Houve apenas um mês (agosto) em que não houve registro de feminicídio. Os crimes foram cometidos nas cidades de João Pessoa (4), Campina Grande (2), Marijópolis (2), Patos (2), Aparecida (1), Bonito de Santa Fé (1), Cabedello (1), Fagundes ( 1). 1), Itaporanga (1), Malta (1), Masaranduba (1), Montadas (1), Monteiro (1), Nova Floresta (1), Paulista (1), Santa Rita (1), São José de Piranhas ( 1) 1), São Vicente do Seridó (1) e Sousa (1). Segundo levantamento do data center da Rede Paraíba de Comunicação, a maioria dos crimes foi cometida por homens que tinham ou mantinham algum tipo de relacionamento com a vítima. Além disso, a maioria das mulheres foi morta a tiros. Além do feminicídio, 41 mulheres foram mortas intencionalmente. Feminicídio de menina de 15 anos em Monteiro Em julho, foi registrado um caso de feminicídio na Paraíba. A vítima, Maria Vitória dos Santos, tinha apenas 15 anos. Ele foi morto a tiros no final da tarde deste domingo, 14 de julho, em Monteiro, município de Carríri, na Paraíba. Gilson Cruz, único suspeito do crime, foi preso em flagrante na tarde seguinte, em Brejo da Madre de Deus, em Pernambuco. O suspeito mantinha um caso com Maria Vitória. Eles estavam bebendo dentro da casa de Gilson quando a discussão começou. Nesse momento, o homem teria disparado tiros que mataram o adolescente. A adolescente disse em mensagem de áudio que o suspeito, Gilson Cruz, era violento e já a havia ameaçado com arma de fogo. “Ele já tentou fazer um monte de coisas comigo, não é? Tipo, ele colocou uma pistola na minha cara, estourou minha cabeça, aí eu tive que denunciar na UPA, um monte de coisas. tive coragem de denunciar ele então, bom, ouse machucar ele e meus pais, sabe?”, disse o adolescente no áudio. 2012 foi o ano mais violento para as mulheres na Paraíba na última década. Disque Denúncia Policial – Em caso de emergência) Além disso, o aplicativo SOS Mulhar PB na Paraíba está disponível para celulares com sistemas operacionais Android e iOS. está disponível e inclui diversos recursos, como formulários telefônicos 180 e relatórios por e-mail. As informações são enviadas diretamente ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, responsável pela organização das investigações. Vídeo mais visto da Paraíba