A licença foi a quinta em três dias para as tropas na sede da missão na cidade de Nacora. O resto foi atingido pela artilharia israelense. Missão de paz da ONU no Líbano novamente sob fogo Missão de paz da ONU no sul do Líbano novamente sob fogo. Um soldado ficou ferido na sede da missão na cidade de Nacora na noite de sexta-feira (11). A ONU disse que não sabia a origem das balas. Este é o quinto soldado da força multinacional ferido em serviço desde quinta-feira. Outros foram atingidos pela artilharia israelense, que alegou estar respondendo a ameaças do grupo extremista Hezbollah vindas da direção do quartel-general. A missão rejeitou o pedido do governo israelita para retirar as posições que ocupava no sul do Líbano. “Estaremos lá até que a situação se torne incontrolável”, disse um porta-voz da força-tarefa da ONU no Líbano. Missão de paz da ONU volta a ser atacada no Líbano Reprodução/Journal Nacional O ataque à sede da missão da ONU gerou uma onda de condenações por parte de organizações e países internacionais. O presidente dos EUA, Joe Biden, apelou a Israel para parar os ataques às forças de manutenção da paz. Antes da decisão da ONU de deixar o posto do Líbano, mais de 100 países, incluindo Portugal e Brasil, assinaram uma declaração de apoio ao secretário-geral da ONU depois de Israel ter declarado António Guterres persona non grata no país. Os Estados Unidos e a Alemanha também assinaram o documento, alegando que a decisão de Israel prejudica a capacidade de ação da ONU. O presidente dos EUA, Joe Biden, apelou a Israel para parar os ataques às forças de manutenção da paz. Neste sábado (12), Israel ordenou a evacuação de civis de mais de 22 aldeias no sul do Líbano. As forças israelenses dizem que os túneis e a infraestrutura do Hezbollah são alvos. No norte do Líbano, os bombardeamentos israelitas matam nove pessoas. Noutra frente da guerra, Israel emitiu novas ordens de retirada a norte da Faixa de Gaza. Nas últimas 24 horas, 49 pessoas foram mortas e mais de 200 ficaram feridas em ataques israelitas aos territórios palestinianos. Israel afirma que o Hamas está a tentar reagrupar-se na região. Em Israel, o sábado marca um dos dias mais importantes do calendário judaico: Yom Kippur, o Dia da Expiação. Mas neste feriado, que é de lembrança, silêncio e reflexão, as coisas não são como nos anos anteriores. O Hezbollah lançou mais de 300 foguetes, sirenes soaram em diversas cidades do norte do país e o exército proibiu a circulação de civis em diversas áreas da região. Não houve relatos de feridos em Israel.