A nova ação do Instituto São José busca compensação pelos efeitos gerados nas operações financeiras afetadas pela expansão multimilionária de ativos liderada pelo padre AGDO. Hospital Padre J, João Pessoa Hospital Padre J/Divulgação O Instituto São José, responsável pela administração do Hospital Padre J de João Pessoa, ajuizou outra ação no valor de mais de R$ 1 milhão contra Padre Egídio, ex-gerente da instituição, de Carvalho Neto. A nova ação, desta vez por danos materiais, busca indenização pelos efeitos gerados na credibilidade e nas operações financeiras do instituto, que foram afetadas por um projeto liderado pelo pastor para desviar milhões de dólares de recursos, que atualmente está sendo investigado pelo Ministério Público. Ministério. da Paraíba (MPPB) em diversas operações. Até a última atualização desta reportagem, o g1 não havia conseguido contato com a defesa do padre Addizio. Leia mais: Hospital Padre J pede R$ 1 milhão em danos morais contra Padre Egídio Padre Egídio comprou 29 imóveis e gastou milhões em vinhos e obras de arte com recursos do hospital Segundo petição inicial, o padre é acusado de desviar mais de R$ 140 milhões em uma década, durante a qual esteve à frente da instituição. Os desfalques, identificados na investigação como Operações Indignus e Pai Dos Pobres, tinham como objetivo a aquisição de imóveis de luxo em diversas cidades e a aquisição de bens pessoais de elevado valor. Além disso, ele alienará 670 produtos doados ao hospital pela Receita Federal, incluindo iPhones, que seriam leiloados em benefício da entidade. Em outubro, o Instituto São José solicitou indenização de pelo menos R$ 1 milhão por danos morais. Neste novo pedido, alegou que as consequências financeiras causadas pela divulgação do esquema e pelo desvio de fundos prejudicaram profundamente a sua imagem junto da sociedade e dos intervenientes financeiros. Os valores indevidamente mencionados diretamente no processo incluem: R$ 525.877,77 resultantes da dedução de bens doados pela Receita Federal; R$ 363.926,00 foram desviados por meio de atividades fraudulentas com empresas parceiras, sendo parte destinada à compra de imóveis e móveis de luxo; R$ 193.440,00 referente a desvios relacionados a fraudes administrativas. Portanto, a nova ação pede indenização de R$ 1.083.243,77, proporcional ao impacto negativo causado à sua reputação, além da indenização por danos financeiros anteriormente solicitada. O pedido inclui admissões de conduta ilegal por parte do Padre AGDO e outros envolvidos em processos criminais relacionados. Sendo uma entidade filantrópica que depende de subvenções e transferências públicas para se sustentar, a perda de credibilidade compromete significativamente as receitas e, consequentemente, a continuidade dos serviços de saúde oferecidos à população. Entenda que Padre Egídio é acusado de ser líder de um esquema criminoso que será responsável pelo desvio de um milhão de dólares contra o Hospital Padre Zé. E a investigação começou depois que 100 celulares foram roubados do estabelecimento. O caso foi divulgado em 20 de setembro de 2023, mas a denúncia foi feita em agosto do mesmo ano, quando foi aberto inquérito policial. Em 5 de outubro, uma operação maior foi lançada. Padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor do hospital Padre J TV Cabo Branco/Reprodução deixou o hospital logo após o religioso ser acusado de roubar celulares. Os celulares foram doados pela Receita Federal, resultantes de confisco, e serão vendidos em mercado solidário para aquisição de uma ambulância com UTI e um veículo para distribuição de alimentos a pessoas em situação de vulnerabilidade. À medida que a investigação sobre o roubo se desenrolava, a Arquidiocese da Paraíba anunciou que estava afastando o Padre AGDO de qualquer cargo ou função religiosa. Na verdade, ele está impedido de prestar serviço público ou de qualquer outro sacramento da Igreja. Após o roubo do celular, uma denúncia anônima foi apresentada ao Ministério Público da Paraíba citando múltiplas irregularidades na gestão do Padre AGDO. O Hospital Padre Zé de João Pessoa disse que após avaliar a situação operacional, funcional, contábil e financeira da instituição constatou inúmeras dívidas que comprometeram sua viabilidade. Vídeo mais visto do G1 Paraíba