Com crescimento de 4,83% no ano passado, a inflação superou a meta, o que levou o presidente do BC a divulgar uma carta aberta com justificativas. O presidente do Banco Central, Gabriel Gallipoli, atribuiu a ultrapassagem da meta de inflação em 2024 XXXXXXXXXXXX O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a medida oficial da inflação do país, subiu para 4,83% e ficou acima do limite superior de a meta definida. Pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta para o ano era de 3% e se ficasse entre 1,5% e 4,5% era oficialmente considerada cumprida. Diante desses resultados, o Banco Central publicou nesta sexta-feira (10) uma carta aberta enviada ao ministro da Fazenda e presidente do CMN, Fernando Haddad, na qual explicou os motivos pelos quais a inflação acabou fora do teto. Em 2024, o BC foi presidido por Roberto Campos Neto, que deixou o cargo em 31 de dezembro. Ele sucede a Gallipoli, que foi diretor de política financeira da agência antes de assumir o comando da organização. A última vez que o Banco Central não cumpriu a meta foi em 2022, quando Campos Neto também estava à frente. Na altura, ele apresentou na carta algumas justificações, como o aumento dos preços do barril de petróleo e uma economia em recuperação. Cenário para 2025 Para este ano, economistas do mercado financeiro assessorados pelo Banco Central (BC) estimam inflação mais alta em patamar em torno de 5%, segundo relatório “Focus” publicado nesta segunda-feira (6). A meta de inflação para 2025 permanece inalterada – máximo de 4,5%. Em outras palavras, outro boom é provável neste ano. Na tentativa de controlar a inflação, o Comitê de Política Monetária (CPOM) do Banco Central decidiu em dezembro elevar a taxa Selic de 11,25% ao ano para 12,25% ao ano. E, em comunicado após a reunião, a Copcom previu um novo aumento de 1 ponto percentual nas próximas duas reuniões – em janeiro e março de 2025.