O post “Eh linda língua portuguesa” é uma “tendência” (aquela “atual” nas redes sociais) X que combina erros de ortografia, pontuação ou composição verbal de uma forma particularmente engraçada. Sabe quando um corretor de celular trai sua confiança e troca uma palavra por outra? Ou quando você fica confuso e escreve uma frase vaga, que implica algo, digamos, indesejado? Não queremos ofender quem comete um desses erros, certo? A ideia é interpretar corretamente os “deslizes” e evitar que você os cometa em ocasiões formais, como na redação de um vestibular ou em um e-mail para seu chefe. Confira: 1- ‘escapar dos meus ossos’ É claro que a pessoa pretendia usar a expressão “escapar da minha jurisdição”, significando “não é da minha esfera de atuação”. Trending post Reprodução ‘Português é lindo’ Exemplo: Seu amigo traiu a esposa e quer sua ajuda para conseguir o perdão dela. Você então diz: “Posso te consolar, mas não vou falar com ele, não. Está fora da minha jurisdição”. 🦴Osada, substantivo com “ss” referindo-se a um conjunto de ossos. 2- ‘Lanche na casa do amigo e a mulher dele estava uma delícia’ trend post ‘A língua portuguesa é linda’ mostra reprodução ambígua de frases Aqui, temos um caso clássico de ambiguidade criado por paralelismo e erros de pontuação. A intenção, imaginamos, era dizer que o lanche estava uma delícia (e não a esposa). Como limpá-lo? “Café da manhã na casa de um amigo e sua esposa: estava uma delícia.” ou “O café da manhã na casa do meu amigo e da esposa dele estava delicioso”. Para respeitar o paralelismo, a construção da frase precisa ter uma estrutura “simétrica” e coerente, justamente para evitar ambiguidades. A preposição também deve aparecer antes de “esposa”: na casa do amigo e da esposa. Aqui está outro exemplo de falta de paralelismo: “Gosto de: cantar, dançar e música”. Não há simetria, certo? Todos os verbos precisam ser usados ​​no infinitivo: “Gosto de: cantar, dançar e ouvir música”. 3- Trending post ‘Dessem, decem, davam’ ‘Língua portuguesa é linda’ mostra dificuldades no raio subjetivo Veja só: Quando a menina escreve que quer sair de férias, ela está se referindo a uma ideia que ainda não é real . É um desejo que dependerá de outra pessoa para ser realizado. O tempo verbal correspondente neste contexto é o pretérito subjuntivo imperfeito. O nome parece difícil, mas provavelmente você sabe como colocá-lo em prática — basta escrever sobre uma hipótese que só pode ser real com a participação de terceiros. “Se ela me amasse eu seria mais feliz (dependemos da vontade da mulher)”; “Se meu filho comer de tudo, ele vai chorar menos à noite (dependemos do apetite da criança).” Na mensagem de “tendência”, o verbo “dar”, subjuntivo imperfeito, deverá ser conjugado como “decem”, com “ss”. A primeira tentativa, portanto, foi correta. “Descem” (com “sc”) é o presente do verbo “descer” (“Descem as escadas todos os dias”). E “deram” não expressa uma condição, mas sim um hábito passado (“Meus filhos me deram muitos problemas”). 4- ‘Largato’ ‘lagarto’ é uma palavra que muitas vezes se escreve com o ‘r’ no lugar errado. Ver falantes de português mudando a posição da letra “r” e dizendo/escrevendo “largato”, “largatixa” e “iorgute” incorretamente. 5- Erros de pontuação e falta de palavras na frase ‘Vendendo, 140 crianças de 4 a 5 anos’ levam ao significado incorreto. O responsável pela reprodução poderia ter sido mais claro escrevendo algo como: “Vendo uma bicicleta infantil por R$ 140”. Detalhes A descrição pode estar em outra linha da propaganda: “Para crianças de 4 a 5 anos”. 👧👦 Nos comentários, o usuário X brincou sobre a sinopse: “Nossa, vão vender 140 bebês!” Mas, mesmo que estas crianças fossem colocadas à venda (?), haveria um erro de pontuação. Não devemos separar sujeito e predicado com vírgula. A opção correta neste caso hipotético (e maluco) seria “vender 140 crianças”. 6- ‘Vão invadir minha casa, roubar tudo!’ ‘Ão’ e ‘am’: a reprodução faz toda a diferença no final do verbo Esse “deslize” também é um erro comum: trocar “am” e “ão” nas conjugações verbais. Observe a diferença: usamos “am” quando nos referimos a uma ação passada: “Eles roubaram minha casa ontem”; “Eles comeram toda a comida que compraram no mês passado.” “ão” é para falar de algo do futuro: “quando chegar as férias eles vão descansar bastante”, “quando a chuva parar as meninas vão brincar no parque”. 🔮Na postagem acima, a pessoa queria denunciar que ladrões roubaram sua casa. Mas quando ele escreveu “eles roubarão”, parecia que previu o ataque. 7- Bolo pop? Coco ou casca? Reprodução 🥥: coco (fruta) – finalização de sílaba tônica (mais forte), certo? Em outras palavras, é paroxístico. E as paroxítonas que terminam em “o” não são pronunciadas (pense apenas em “bolo” ou “rollo”). 💩: cocô (cocô) – termina a sílaba tônica, então é uma oxítona. E as oxítonas terminadas em “o” são acentuadas (dominó, vovô, robô). O bolo que aparece na foto era de coco (pelo menos assim esperamos 😂). vídeo

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