No primeiro ano em que o planeta esteve 1,5 graus Celsius mais quente do que a média pré-industrial, de 1850 a 1900 – a temperatura foi registada – o presidente foi reeleito para retirar os EUA do Acordo de Paris. No acordo assinado em 2015, 195 países comprometeram-se com um esforço colectivo para abrandar o aquecimento global. Não foi suficiente. Agora que os EUA têm de se retirar novamente, o alvo está mais distante. A vitória republicana lança ainda mais dúvidas sobre a agenda ambiental global, tema central da COP-29, que abre no Azerbaijão na segunda-feira (11) – evento já marcado pela ausência de líderes americanos, chineses, brasileiros e da União Europeia. Para analisar o impacto da eleição de Trump na agenda climática, Natuja Neri entrevista André Guimarães, diretor executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e membro da Aliança Brasileira pelo Clima, Florestas e Agricultura. E Marcos Colón, professor da Universidade Estadual do Arizona (EUA) e autor do livro “Amazônia em tempos de guerra” também participou, para alertar sobre os riscos do relaxamento das regulamentações ambientais na Amazônia.