BAGDÁ – Um conselheiro político do primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia al-Sudani, rejeitou alegações recentes de que funcionários do gabinete do primeiro-ministro estariam espionando e grampeando altos funcionários e políticos.
Desde o final de agosto, veículos de comunicação locais e legisladores iraquianos alegam que funcionários do escritório de Sudani foram presos sob acusações de espionagem de altos funcionários.
“Esta é uma mentira exagerada”, disse Fadi al-Shammari em uma entrevista a uma emissora iraquiana publicada na noite de sexta-feira, a negação mais explícita feita por um membro sênior da equipe do primeiro-ministro.
Ele disse que as alegações tinham como objetivo minar Sudani antes das eleições parlamentares previstas para o ano que vem.
“Tudo o que aconteceu nas últimas duas semanas consiste em exagero da mídia contrário à realidade e à verdade.”
Os relatórios causaram comoção no Iraque, que vive um período de relativa estabilidade desde que Sudani foi levado ao poder no final de 2022, como parte de um acordo entre facções governantes, encerrando um impasse político de um ano.
Embora tenha havido uma prisão no gabinete do primeiro-ministro em agosto, não teve nada a ver com espionagem ou grampo telefônico, disse Shammari. O funcionário em questão foi detido após contatar legisladores e outros políticos enquanto se passava por outra pessoa, disse ele.
“(Ele) conversou com legisladores usando números diferentes e nomes falsos e pediu a eles vários arquivos diferentes”, acrescentou, sem fornecer detalhes.
“Não houve espionagem, nem grampos telefônicos.” REUTERS