Os ministros analisam se as plataformas digitais podem responder aos danos causados ​​pelas publicações, mesmo sem ordem judicial para remoção de postagens. Fachada do Supremo Tribunal Federal. Gustavo Moreno/SCO/STF O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento, nesta quarta-feira (27), da responsabilização das plataformas digitais por danos causados ​​por conteúdos irregulares criados por terceiros. Na prática, eles se concentrarão em dois recursos que discutem a possibilidade de responsabilizar as redes sociais por danos causados ​​por conteúdos de usuários publicados nessas plataformas, mesmo sem primeiro obter uma ordem judicial para remover as postagens ofensivas. Em outras palavras, questiona-se se esses peticionários podem ser condenados ao pagamento de danos morais por não removerem postagens ofensivas, discursos de ódio, notícias falsas ou postagens prejudiciais a terceiros, mesmo sem ordem judicial prévia nesse sentido. . Fantástico expõe mercado de venda de imagens infantis na internet Comissão do Senado aprova texto para proteger crianças na internet e responsabilizar redes pelo cuidado; Veja detalhes Marco Civil da Internet Este caso envolve a aplicação de citação do Marco Civil da Internet. A lei, que entrou em vigor em 2014, funciona como uma espécie de constituição para o uso da rede no Brasil — estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para usuários e empresas. Em um de seus artigos, estabelece que as plataformas digitais só responderão pelos danos causados ​​por conteúdo ofensivo se, após ordem judicial específica, não tomarem medidas para retirar o material do ar. 🔎 A questão envolve como as plataformas agirão quando confrontadas com conteúdo gerado por usuários que viola direitos, é odioso ou espalha desinformação. O tribunal deverá elaborar uma tese, que será aplicada em processos sobre o mesmo assunto nos tribunais inferiores. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pelo menos 345 processos com o mesmo conteúdo aguardam julgamento no Supremo. O julgamento começou com a apresentação dos relatórios dos dois relatores – Ministro Dias Toffoli e Luiz Fox. Posteriormente, os participantes do processo apresentam seus argumentos. Depois disso, serão divulgados os votos do relator e dos demais ministros.

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