O primeiro dia será dedicado à audição de argumentos; A votação será apresentada posteriormente. O plenário também poderá julgar a legalidade da revista despojada de visitantes penitenciários. Veículos blindados nas ruas do Complexo de Israel, Rio Reprodução/TV Globo O Supremo Tribunal Federal dará início ao julgamento na região Norte, na próxima quarta-feira (13), do movimento para discutir o papel das forças de segurança nas operações nas comunidades do estado do Rio de Janeiro. O processo conhecido como “ADPF das Favelas” questiona a invasão e aponta a violação dos direitos dos moradores da área. Mas a análise do caso não terminará esta semana. Porque, nesta primeira fase, os participantes do processo apresentarão os seus argumentos. O voto dos ministros será conhecido em outra sessão, ainda a ser marcada. Além disso, o debate sobre a legalidade das revistas despojadas de visitantes presidiários está de volta à agenda do Tribunal de Apelações. No julgamento virtual, o Plenário já formou maioria entendendo que o procedimento conduzido de forma constrangedora viola os direitos fundamentais dos familiares dos presos. Um pedido proeminente do ministro Alexandre de Moraes, porém, levou o processo à análise presencial. O g1 reuniu destaques da agenda do tribunal. Atuação policial em comunidades do Rio de Janeiro O primeiro item da pauta desta quarta é o processo que discute a atuação policial em comunidades do Rio de Janeiro. Nesta primeira sessão, os participantes do processo apresentarão seus argumentos. Os votos do relator, Edson Fachin e dos demais ministros serão conhecidos em outra data, ainda a ser definida. No âmbito desta ação, conhecida como ADPF das Favelas, o tribunal já decidiu: limitar a atuação das forças de segurança nas favelas durante a pandemia da Covid-19; e que orientou o governo do Rio a desenvolver um plano para reduzir a letalidade policial nessas localidades. Julho: As forças de segurança ocupam 10 comunidades na região oeste do Rio para conter conflitos entre traficantes de drogas e milícias. O grupo apontou para uma violação sistemática dos direitos consagrados na Constituição durante as operações das forças de segurança. Apelaram à integração de medidas como: planos para reduzir mortes causadas por agentes policiais, proibições ao uso de helicópteros nas operações, regras sobre buscas domiciliárias de residentes, preservação de vestígios de crimes cometidos durante as operações, restrições às operações durante o horário escolar e na utilização de unidades de saúde e educação como bases operacionais. O governo do Rio afirma que está trabalhando para reduzir as mortes na incursão e nega irregularidades. Legalidade das revistas despojadas No mesmo dia, o Supremo Tribunal deve retomar as audiências sobre a legalidade das revistas despojadas de visitantes de prisões. O caso foi discutido em ambiente virtual em outubro, mas um pedido de destaque do ministro Alexandre de Moraes levou o assunto à plenitude física. Na sessão virtual, houve maioria para anular a revista despojada. Ou seja, evitar a exposição e fiscalização de partes íntimas por parte de quem visita os presos na unidade. e descartar o uso de provas assim obtidas. Os ministros votaram para dar aos governos um prazo de 24 meses para comprar e instalar equipamentos utilizados em revistas pessoais – scanners corporais, tapetes de raios X e portais de detectores de metais. Com destaques, os ministros podem apresentar alterações em seus votos. Espírito Santo: Sistema penitenciário utiliza scanners para impedir entrada de drogas nos presídios