O Ceará é o único estado do Brasil onde o gás residual é canalizado e alimentado diretamente na rede de distribuição: 15% do gás fornecido a todo o estado vem de aterros sanitários. Soluções de biorresíduos melhoram a vida das pessoas O Journal National apresenta uma série de relatórios sobre descarte inteligente de resíduos. No episódio desta quinta-feira (9), André Trigueiro mostra soluções para resíduos orgânicos que melhoram a vida das pessoas e reduzem as emissões de gases que aquecem o planeta. Você já percebeu quanta comida jogamos fora todos os dias? A lixeira é o melhor destino para tudo isso? Comida sempre deliciosa: um restaurante em Fortaleza tem algo diferente. Observe quanto gás eles usam para cozinhar os pratos. ANDRE TRIGUERO, REPÓRTER: Você sabe de onde vem o gás que aquece essa chama? Daniel Fernandes Breta, Chef: Rapaz, agora você me pegou. Repórter: Gás de lixo do aterro sanitário de Kakea. O que você acha? Daniel Bretta: Rapaz, não acredito. O aterro de Cacau, próximo a Fortaleza, está pronto para receber e tratar 6 mil toneladas de resíduos por dia. Todos estes estão enterrados. O gás de cozinha dos restaurantes provém da parte orgânica desses resíduos – essencialmente restos de comida, que se decompõem em metano. É capturado para produzir um gás inflamável. O Ceará é o único estado do Brasil onde os gases residuais são canalizados diretamente para a rede de distribuição. E isso não é pouca coisa: 15% do gás que abastece toda a Serra vem de aterros sanitários. “Um produto muito verde, renovável e, além disso, faz sentido financeiro, porque é mais barato que o gás de petróleo”, afirma Hugo Neri, CEO da Marquês Ambiental. A série mostra como os resíduos orgânicos podem gerar renda e melhorar o meio ambiente ao aquecer o planeta, eventos climáticos extremos – como a seca na Amazônia e enchentes recordes em 2024. No Ceará, os consumidores de gás canalizado são utilizados principalmente pela indústria, comércio e grandes residenciais. condomínios. Gás de botijão, gás GLP, que é mais poluente, exceto uma residência em Fortaleza, perto de Fátima, que utiliza gás canalizado na Serra. É pela perseverança da proprietária, Helena Stella Sampaio, professora do curso de gestão de políticas públicas da UFC, que enfrentou a burocracia, fez o maior investimento, por ser ambientalista. Repórter: Quanto custou para você se conectar à rede? Helena Sampaio: Cerca de R$ 16 mil. Repórter: Muito dinheiro, não é? Helena Sampaio: Não pelo que penso. o que eu acredito Financeiramente sim, pode representar uma parcela significativa, inclusive eu sou professor. Não foi suficiente ensinar o que eu acreditava. Tive que viver, vivenciar todas as políticas socioambientais. O gás residual está conquistando novos mercados no Brasil. O maior de Seropédica na região metropolitana do Rio de Janeiro. “Uma vez, meu filho perguntou: ‘O que você faz da vida?’. Eu disse: ‘Papai transforma lixo em luz”, disse Marcel Jorand, esse gás é energia limpa e renovável milhões de m³ de biometano em 2024. Isso equivale a 2 milhões de voos Rio-São Paulo evitados na cadeia de carbono do Brasil”, diz Marcel Jorand. Não há tubulações para ligar os aterros aos clientes, como no Ceará. até desconfiar de onde vem o combustível. Iago Brito: Nesse caso, esse gás é filtrado. Repórter: No seu carro. O lixo vai andar. Paulo Roberto Gomes, para mim veio da Petrobras. Então, tem muito lixo, né. Mais um dia de coleta seletiva de orgânicos no Rio de Janeiro. 4.800 endereços diferentes vão para as cidades onde os clientes guardam sobras de alimentos, frutas e verduras. Eles garantem que esse material, ao invés de ir para o aterro, tenha uma destinação sensata. A coleta de lixo orgânico por assinatura já é uma realidade em mais de 200 países. 100 cidades em todo o Brasil. Na Natalia Araujo, casa de relações públicas do Rio, todos participam da separação do que vai para o balde. Repórter: Para quem é bom? Maria Teresa Araujo Pila, 10 anos: Para o mundo. Natalia Araujo, Relações Públicas: Acho que fazemos alguma coisa pelo quanto usamos o mundo. Baldes não aguentam. É só um balde, que eles gostam de chamar de bengala de doce. Um dos maiores shoppings do Rio de Janeiro também está doando resíduos orgânicos de restaurantes. “Até 2026 nossa meta é destinar pelo menos 50% dos nossos resíduos orgânicos de forma que não acabem em aterros sanitários”, afirma André Barbosa, Gerente de Operações do BaraShopping. Série do JN mostra como resíduos orgânicos podem se transformar em renda e melhorar o meio ambiente Jornal Nacional/ Reprodução Restos de alimentos de shoppings chegam a depósitos de lixo. A partir de uma mistura de lixo, esgoto e restos de jardim eles se transformam em adubo em uma empresa. Repórter: O que é esse líquidozinho que você fica borrifando nesse material orgânico? José Luiz Natal Chavez, engenheiro agrônomo: Um coquetel de microrganismos, e esse coquetel é responsável pela decomposição adequada. A parte final do processo. Três meses depois da compostagem, veja o resultado: adubo orgânico, um composto, um adubo livre de poluentes, sem microrganismos que ameacem a saúde. Os principais clientes são agricultores. O Jornal Nacional analisou de perto a aplicação de fertilizantes em uma propriedade rural na serra do Rio de Janeiro. Repórter: No começo você ficou com medo de usar o que vem dos resíduos da sua fazenda? Igor Serpa Ramos, agricultor: Na verdade, estou meio feliz, porque muita coisa que poderia estar contaminada, está sendo jogada fora, sendo reciclada, sabe? “Resolvemos dois problemas. O aterro, o problema do aterro, e criamos uma solução para alimentação saudável, solo saudável”, afirma Lucas Chiabi, fundador do Ciclo Orgânico. disse: “Não podemos fazer o que fazemos hoje: coletamos. Todo o lixo e parece que acabou. Não, não está perdido. Está causando grandes danos em algum lugar, porque é uma doença, é poluição, é poluição e nós tem que ser interrompido”, disse o engenheiro agrônomo José Luiz Natal Chavez.