Em seguida, uma equipe de pesquisa descobriu uma enorme cidade antiga que chamaram de “Valeriana” em homenagem a uma lagoa de água doce próxima.

Os investigadores dizem que Valeriana, que no seu auge foi o lar de 30-50.000 pessoas, provavelmente entrou em colapso entre 800 e 1.000 DC devido a uma combinação de alterações climáticas.

“O consenso crescente é que a variabilidade climática é um factor importante que causa stress, adaptação e feedback, levando a uma maior instabilidade sistémica”, disse Canuto à NBC News na terça-feira.

Isto deve-se em parte ao facto de serem tão densamente povoadas e, gradualmente, ao longo de gerações, não terem conseguido sobreviver à crise climática.

Antigos assentamentos na região de Campeche, no México.
Antigos assentamentos na região de Campeche, no México. Antiguidade por Luke Old-Thomas / Cambridge University Press

A tecnologia LiDAR é um avanço recente na última década que revolucionou a pesquisa arqueológica, especialmente em áreas densamente florestadas.

A tecnologia é capaz de revelar vastas camadas de história nunca antes vistas, incorporadas em áreas remotas que de outra forma seriam inacessíveis.

Ao cobrir vastas extensões de terra com precisão, o LiDAR permite aos pesquisadores descobrir estruturas ocultas.

Canuto afirma que a tecnologia, que utiliza pulsos de laser para penetrar na copa da floresta, capturando imagens altamente detalhadas da paisagem abaixo, tem poder transformador, descrevendo-a como “desmatamento digital”.

Canuto disse que não há fotos conhecidas da cidade perdida, apenas mapas LiDAR, porque ninguém nunca esteve lá, incluindo moradores locais, que suspeitam que as ruínas possam estar sob montes de terra.

Embora o estudo seja o primeiro a revelar estruturas maias no centro-leste do Kampuchea, os arqueólogos estão a encontrar áreas onde os níveis de actividade humana são mais comuns do que antes, disse ele.

Canuto espera que a descoberta ressalte a necessidade de mais pesquisas de campo, bem como de um esforço maior para mapear a região usando drones.

“Será incrível nos próximos 10, 20 anos”, disse ele. “Devíamos duplicar o terreno coberto pelo LiDAR.”

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